
Uma propriedade importante e bastante conhecida do grafite é que a força de ligação entre cada um de seus planos é fraca. Dessa maneira, é possível desgrudar um plano do outro facilmente. Essa foi a propriedade que permitiu a primeira síntese de grafeno. O material resultante é o mais fino possível, com um átomo de espessura.

Já imaginou smartphones e outros gadgets transparentes, como os da figura acima? Pois bem, esta novidade está cada vez mais próxima, graças à descoberta de um novo material, o Grafeno.
Em todo o ano de 2010 foram publicados mais de três mil trabalhos a respeito deste material e suas propriedades. Sua importância foi consolidada no dia 10 de dezembro, através da premiação dos cientistas Andrei Geim e Konstantin Novoselov, da Universidade de Manchester, no Reino Unido, por suas pesquisas realizadas sobre o grafeno, cuja pesquisa mais impactante (com mais de 2 mil citações e publicada na revista Nature (438, 197-200) em 2005), descreve as propriedades semicondutoras do material.
Todos os materiais usados atualmente em dispositivos eletrônicos são agrupamentos tridimensionais de átomos (sejam eles com ou sem estrutura cristalina). Mesmo os objetos mais finos, como os filmes de óxidos em transistores ou filmes metálicos em discos rígidos, apresentam algumas dezenas de nanômetros de espessura, o que equivale a algumas centenas de planos de átomos. Entretanto, em 2005 foi produzida a estrutura de carbono, o grafeno, que foi incialmente prevista em 1962, e tem como principal atrativo o fato de ser bidimensional, ou seja, sua espessura é de apenas um plano – uma estrutura bastante tratável e cujas perspectivas tecnológicas o destacam como um forte candidato à eletrônica moderna.
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